http://www.youtube.com/watch?v=_pyR9qCd2F8 |
Filmado ao longo de dois anos (agosto de 2007 a maio de 2009), Lixo Extraordinário acompanha o trabalho do artista plástico Vik Muniz em um dos maiores aterros sanitários do mundo: o Jardim Gramacho, na periferia do Rio de Janeiro. Lá, ele fotografa um grupo de catadores de materiais recicláveis, com o objetivo inicial de retratá-los. No entanto, o trabalho com esses personagens revela a dignidade e o desespero que enfrentam quando sugeridos a reimaginar suas vidas fora daquele ambiente. A equipe tem acesso a todo o processo e, no final, revela o poder transformador da arte e da alquimia do espírito humano.
Link para Download: RS Filmes brasileiros
SERVIÇO
"LIXO EXTRAORDINÁRIO"
DIA 28 DE ABRIL DE 2011
HORA 20HS
LOCAL BAR DO PANTERA - CAMPO GRANDE, CARIACICA - ES
ENTRADA FRANCA !
"O momento quando uma coisa se transforma em outra é o momento mais bonito.A combinação dos sons se transoforma em música.E isso se aplica a tudo." Vik Muniz
- Mais sobre Lixo Extraordinário
O documentário Lixo extraordinário relata a trajetória do lixo dispensado no Jardim Gramacho, maior aterro sanitário da América Latina localizado na periferia de Duque de Caxias (RJ), até ser transformado em arte pelas mãos do artista plástico Vik Muniz e seguir para prestigiadas casas de leilões internacionais.
Segundo o dicionário “lixo” significa qualquer material considerado inútil, supérfluo, e/ou sem valor, gerado pela atividade humana. Antes de chegar ao Jardim Gramacho, Vik Muniz e os diretores do documentário não esperavam encontrar nada muito diferente disso, mas se surpreenderam ao conhecer pessoas cativantes, cheias de dignidade, como Tião, jovem presidente da ACAMJG (Associação de Catadores do Aterro Metropolitano de Jardim Gramacho), ou Zumbi, catador que resgata os livros do lixão e acabou montando uma biblioteca com os exemplares.
Vik Muniz nasceu em uma família de classe operária em 1961, no estado de São Paulo,
Brasil. Quando jovem, foi baleado na perna enquanto tentava separar uma briga e, por isso, recebeu uma indenização por suas lesões. Com o dinheiro, financiou uma viagem a Nova York, onde viveu e trabalhou durante décadas. Vik começou a carreira de artista plástico como escultor, mas, ao se interessar pelas reproduções fotográficas de seu trabalho, acabou voltando sua atenção exclusivamente para fotografia. Ele incorpora uma multiplicidade de materiais improváveis a este processo fotográfico. Frequentemente Vik utiliza diamantes, açúcar, cordas, calda de chocolate e lixo em seus trabalhos, parodiando imagens clássicas do Fotojornalismo e da História da Arte. Sua obra foi recebida com aclamação do público e da crítica e tem sido exibida em todo o mundo. Sua exposição individual no MAM (Museu de Arte Moderna), no Rio de Janeiro, foi a segunda em número de visitantes – ficando atrás somente da exposição de Picasso. Foi no MAM que Vik expôs pela primeira vez a série "Pictures of Garbage” no Brasil.
O projeto "Pictures of Garbage" foi feito na garimpagem do lixo. Porém, ele não está simplesmente interessado em encontrar e salvar os tesouros secretos dentro de montes de lixo (mp3, fruteiras, jóias), mas sim no uso do lixo como uma forma de arte. "A coisa bonita sobre o lixo é que ele é negativo, é algo que você não usa mais, é o que você não quer ver", diz Muniz. "Então, se você é um artista visual, o lixo se torna um material muito interessante para se trabalhar, porque ele é o mais não visual dos materiais. Você está trabalhando com algo que você normalmente tenta esconder".
Em Jardim Gramacho, Vik foi recebido por uma comunidade de catadores, pessoas que garimpam o lixo para ganhar a vida. Estima-se que entre 3 e 5 mil catadores trabalhe separando material reciclável em Gramacho e que 15 mil pessoas obtenham seus rendimentos de atividades relacionadas a ele. Alguns catadores com quem Muniz se reuniu vêm de famílias que estão há três gerações no lixo e vivem à margem da sociedade. "Eu esperava ver pessoas destruídas, mas eles eram sobreviventes", diz Vik que rapidamente começou a trabalhar com os catadores, que ajudaram a fazer seus próprios retratos.
OS CATADORES
TIÃO (SEBASTIÃO CARLOS DOS SANTOS)
Tião é o carismático jovem presidente da ACAMJG (Associação de Catadores do Aterro Metropolitano de Jardim Gramacho), uma cooperativa que tem por objetivo melhorar a qualidade de vida dos catadores. Inspirado pelos textos políticos de livros que encontrou no lixo (“O Príncipe”, de Maquiavel; “A Arte da Guerra”, de Sun Tzu) Tião teve que convencer os colegas de trabalho de que a organização poderia fazer a diferença. Ele é catador desde os 11 anos de idade.
SUELEM (SUELEM PEREIRA DIAS)
Suelem trabalha no lixão desde seus sete anos. Aos 18, já era mãe de três filhos. Ela acha o trabalho em Gramacho mais honesto do que virar prostituta ou se envolver com o tráfico. Suelem adoraria trabalhar em uma creche ou mesmo poder ficar em casa com seus próprios filhos.
ISIS (ISIS RODRIGUES GARROS)
Isis adora moda e odeia catar lixo. Quando desmorona, ela revela o drama que a levou ao lixão.
MAGNA (MAGNA DE FRANÇA SANTOS)
As dificuldades de Magna começaram quando o marido perdeu o emprego. Apesar de ainda ver muita gente torcendo o nariz por causa do cheiro que exala, ela se orgulha de que, pelo menos, não está fazendo nada errado.
J A R D I M G R A M A C H O
Localizado na extremidade norte da Baía de Guanabara, em frente à estátua do Cristo Redentor, o aterro metropolitano de Jardim Gramacho recebe toneladas diárias de lixo produzidas pelo Rio de Janeiro e áreas adjacentes.
Fundado em 1970, como uma instalação de resíduos sanitários, o aterro transformou-se em moradia para uma comunidade anárquica de catadores durante as crises econômicas dos anos 70 e 80. Esses catadores viviam e trabalhavam no lixo, com a coleta e venda de sucata e materiais recicláveis. Ao redor do aterro, formou-se a favela do Jardim Gramacho, que tem uma economia totalmente dependente do comércio de materiais recicláveis.
Os trabalhadores removem diariamente toneladas de materiais recicláveis. Assim eles prolongam a vida do aterro, eliminando materiais que teriam sido enterrados e contribuem para o lixão ter uma das taxas de reciclagem mais elevadas do mundo.
O aterro sanitário do Jardim Gramacho está previsto para fechar em 2012 e grupos como a ACAMJG (Associação de Catadores do Aterro Metropolitano de Jardim Gramacho) estão lutando para aumentar o apoio e fornecer capacitação para os catadores.
F I C H A T É C N I C A
Direção: Lucy Walker,
Codireção: João Jardim, Karen Harley
Produção: Angus Aynsley, Hank Levine
Coprodução: Peter Martin
Produção Executiva: Fernando Meirelles, Miel de Botton Aynsley, Andrea Barata Ribeiro,
Jackie de Botton
Edição: Pedro Kos
Direção de Fotografia: Dudu Miranda
Codireção de Fotografia: Heloisa Passos, Aaron Phillips
Mixagem de Som: Aloysio Compasso, José Lozeiro
Duração: 99 minutos
Formato: RAIN
Som: Dolby Digital 5.1
Janela: 1:85
Ano de produção: 2009
Classificação Etária: Livre
Orçamento: US$ 1,5 milhões
Patrocínio: BB Seguro Auto, Ourocap, Eletrobrás
Viabilizado pela Lei do Incentivo ao Audiovisual (Art. 1º A)
Oi... passei para agradecer pelo link.
ResponderExcluirDesculpa a pressa (amanhã ainda é dia de trabalho), mas prometo que passo com mais tempo aqui para conferir o seu conteúdo.
Estou te seguindo.
Um abração
Felipe Guasti
http://consumante.blogspot.com
Ahhh... coloquei um banner do seu blog no meu.
ResponderExcluirEspero retribuir dessa forma.
um abraço.